Após publicação neste blog da postagem Boa Aparência e Experiência, recebi algumas mensagens de pessoas indignadas pelo
teor do texto, alegando que seu conteúdo seria de viés preconceituoso e
discriminatório. Levei em consideração que atualmente, interpretação de textos
não é tarefa fácil, sobretudo para quem acaba de sair da faculdade e está com a
cabeça fervendo de marxismo chinfrim ou mesmo de “teoria crítica” e
desconstrucionista da escola de Frankfurt e doutrinado pela cartilha
esquerdista do politicamente correto.
Tentar associar uma seleção de candidatos com
preconceito é coisa mesmo de quem não entende do assunto. Entretanto, quando a
associação é pertinente à discriminação é a mesma coisa que dizer que a água
molha e o fogo queima. Não se pode confundir preconceito com discriminação, são
coisas bem diferentes e essa distorção de sentido é a causa da incompreensão e
da própria indignação de um candidato não ser aprovado no processo seletivo,
pois ele se acha discriminado. E na verdade foi mesmo, a situação é absolutamente normal.
Vejamos:
É necessário que as pessoas compreendam melhor esse
termo “discriminação”, pois é algo que praticamos desde a hora em que acordamos
até o fim do dia. Discriminar nada mais é do que, entre as alternativas
possíveis e disponíveis, escolhermos aquela que mais se adequa e atende aos
nossos interesses. Ao escolhermos uma roupa, uma casa, um carro, um emprego,
amigos ou mesmo uma namorada, etc., estamos praticando a discriminação que nada
mais é do que selecionarmos as opções dadas de acordo naturalmente com a nossa
conveniência e consequentemente discriminando o restante. E não há como ser de
outra maneira.
Selecionar um candidato para ocupar um cargo
significa exatamente isso: Discriminar todos os outros concorrentes que não
atenderam aos interesses da empresa. Daí afirmar que nessa maneira tão natural
de seleção reside o preconceito, das duas uma, ou falta bagagem de leitura e
conhecimento ou trata-se mesmo daquela típica má fé dos esquerdopatas que
cultivam o ódio ao lucro e são acometidos de arrepios quando a questão é a premiação
pelos méritos. Meritocracia é algo que todo esquerdista desconhece.
No entanto, a discriminação no processo de seleção
não se dá em razão do sexo, cor, deficiência física ou preferência sexual do
candidato, mas em razão de suas competências profissionais e pessoais que inclui experiência
técnica, fluência verbal, habilidade de relacionamento, capacidade de
liderança, assertividade e outros atributos correlatos e necessários que compõem
o perfil do candidato para a vaga a ser preenchida. Portanto, todo processo de seleção de candidatos implica em discriminar os que não foram aprovados.
E não adianta elaborar leis anti-discriminação em
processos seletivos na intenção de proibir determinados termos em anúncios,
diminuir a exigência do tempo de experiência na função (artigo 442-A-CLT), bem
como, políticas afirmativas (cotas) para contratação de candidatos. A empresa
sempre terá a palavra final tendo em vista as habilidades dos pretendentes à
vaga. Discriminando sim, mas com preconceito, não.