segunda-feira, 14 de junho de 2021

Mudança de opinião em algumas questões trabalhistas





Ao longo dos anos atuando na área de Recursos Humanos, é natural que com o passar do tempo podemos mudar de opinião a respeito de assuntos pertinentes à área de nossa atuação profissional. Naturalmente que no início de minha carreira neste setor eu tinha opiniões sobre questões trabalhistas diferentes das que eu tenho hoje. A mudança de opinião é algo que vejo como positivo, não há nenhum demérito nisso, ao contrário, posições pétreas sobre certos temas às vezes não fazem mais sentido algum de acordo com o momento atual. Então, vejamos alguns temas pontuais que mudei minha opinião a respeito:


Carteira assinada: eu apostava nisso, quanto mais carteiras assinadas melhor para o trabalhador.  E já faz um bom tempo, muitos anos por sinal, que para mim isso não passa de uma grande bobagem e ilusão. A pejotização (alô, receita federal!) veio para ficar definitivamente. A “uberização” de serviços fala por si só. Nada como ser o patrão de si próprio, trabalhar na medida de suas necessidades e ter a liberdade de prestar serviços para quem bem entender. O que mais importa no meu entender é o fator empregabilidade, o que não quer dizer absolutamente ter carteira assinada, pois essa é que a impede àquela.


Previdência Social/Aposentadoria: a mesma coisa que o item acima.É óbvio que sem carteira assinada não há recolhimento previdenciário sem o qual não há aposentadoria. Já sabemos que a previdência social é um esquema Ponzi que está pra lá de falido e quebrado, a qualquer momento virá abaixo. Reformas da Previdência não adiantam, são apenas cortina de fumaça, outras virão por aí. Atualmente existe no mercado uma infinidade de alternativas disponíveis no que diz respeito à previdência privada. Vale muito a pena o investimento e com valores atrativos.


Agências de emprego: na condição de recrutador sempre tive um ótimo relacionamento com várias delas, mas quando precisei recrutar deficientes físicos para o cumprimento da Lei nº 8.213/92, todas elas sem exceção (sim, até aquela mais famosa e manjada que todos conhecem muito bem) me bateram a porta na cara ou então me mandavam listas desatualizadas em Excel cujos candidatos já haviam até mesmo falecido. Portanto, a minha consideração por agências e o que elas valem para mim é a mesma coisa que vale uma nota de R$ 3,00 reais.


Estabilidade no emprego: eu gostava disso, achava bonito quem ficava dez a quinze anos na mesma empresa. Que bobagem! E que coisa mais egoísta! Já há algum tempo que a vida útil de um funcionário na empresa não passa de quatro a cinco anos e olhe lá! Está muito bom assim, é tempo suficiente para adquirir expertise profissional para depois partir para ter o seu próprio negócio ou mesmo trabalhar por conta própria e dar lugar para outras pessoas que estão acabando de se formar e iniciando a carreira profissional. Se apegar ao cargo que exerce é algo por demais mesquinho, coloca o funcionário numa zona de conforto até que ele atinja a plenitude da incompetência. Leia o livro "Todo Mundo é Incompetente Inclusive Você (O Princípio de Peter)", de Laurence Peter que você entenderá o que estou dizendo.


Vestir a camisa da empresa: bem, isso daria um outro artigo com no mínimo uns cinco mil caracteres. É mister perguntar: o que nós definimos como “vestir a camisa da empresa”? Chegar no horário? Não faltar? Ser um exemplo em disciplina? Ser um funcionário padrão? Obedecer o empregador só porque manda quem pode e obedece quem tem juízo? Não, eu creio que nenhuma dessas alternativas está correta. Devemos sim vestir a camisa da empresa, no entanto, antes de vesti-la é preciso vestir a camisa do profissional que você é e que ela seja blindada com uma grossa camada de Ética Profissional.


Sobre a CLT: Desde o começo eu já encarava a CLT como algo muito ruim, tanto para empregado, bem como, para o empregador, afinal decorar 952 artigos ninguém merece. Entretanto, no começo de minha carreira eu até considerava a CLT como um mal necessário e sei que muitos profissionais do setor trabalhista ainda hoje também a encaram dessa forma. Com o tempo percebi que a CLT é um fator desagregador, um grande óbice para a empregabilidade e que joga empregado contra o empregador cujo único ganhador é sempre o estado (lembrando que jamais escreverei estado com e" maiúsculo) absoluto. Com a promulgação da Constituição Federal/88 que constitucionalizou os “direitos” trabalhistas, eu estava certo que a CLT seria jogada na lata de lixo da história. Infelizmente ela ainda resiste, efeito nefasto de um estado varguista paternalista que insiste em não cair de podre. Ela continua sendo um mal e agora mais do nunca absolutamente desnecessário, as leis naturais de mercado já enterraram a CLT há muito tempo, só não vê quem não quer.


Bom, mas são somente esses pontos? E quanto as outras questões trabalhistas, que diga-se de passagem não são poucas? Quem acompanha este blog conhece a minha posição a respeito, ou seja, direitos trabalhistas não existem de fato, são criados artificialmente por burocratas encastelados que nunca pisaram num departamento de pessoal e sem nenhuma experiência em gestão de RH. Leis trabalhistas sancionadas visam  única e exclusivamente a busca de votos e aumento de impostos. Esses burocratas parasitas não entenderam ainda (provavelmente fingem que não entendem) algo tão simples: o trabalhador não quer direitos trabalhistas, o trabalhador quer trabalhar e para isso ele precisa apenas de uma coisa: um emprego! Tem que desenhar isso para esses burocratas, explicar o desenho, desenhar a explicação do desenho e nem assim.





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