segunda-feira, 25 de março de 2024

Revista Forbes elege “Don’t Stop Believin” (Não Pare de Acreditar), da banda Journey como a melhor canção de todos os tempos


Journey: Jonathan Cain, Neal Schon, Steve Perry, Steve Smith, Ross Valory

A famosa revista estadunidense Forbes com sede em Nova Iorque, em matéria publicada recentemente elegeu a canção “Don’t Stop Believin’”, da banda Journey como a melhor canção de todos os tempos. A letra da música fala sobre resiliência e a persistência de atingir os objetivos planejados. A Forbes é uma publicação que aborda temas variados tais como, economia, finanças, investimentos e marketing. No entanto também é famosa por publicar rankings sobre temas diversos ao redor do mundo.

A canção “Don’t Stop Believin’ foi escrita no ano de 1981 e faz parte do premiado álbum “Escape” que atingiu na época o primeiro lugar em vários países. O tecladista Jonathan Cain que fazia a sua estreia na banda foi quem trouxe o argumento da letra baseado na sua própria história pessoal. Baseado nesse argumento, o vocalista Steve Perry escreveu os versos da música e a melodia teve a autoria do próprio tecladista Jonathan Cain, do guitarrista Neal Schon, e do baterista Steve Smith.

A história pessoal de Jonathan diz respeito quando ele partiu do interior de sua cidade natal, Detroit para tentar a vida como músico em Los Angeles. A concorrência era pesada e sempre quando Jonathan pensava em desistir, ele ligava para o seu pai e este sempre lhe dizia: “Não pare de acreditar ou você acabou, cara!” Os versos da letra, Perry adaptou para contar a história de uma garota e um garoto que moram em cidades pequenas e pegam um trem para tentar a vida em algum lugar. Jonathan, comentando sobre a canção, disse certa vez em uma entrevista: “Sentimos que todo jovem tem um sonho e às vezes o lugar onde você cresce não é onde você está destinado a estar”.

“Dont Stop Believin” foi premiada até o momento com 18 certificados de platina, está entre as 500 melhores músicas de todos os tempos no ranking da revista Rolling Stone. Foi tema de diversos eventos esportivos, trilha sonora de diversos seriados e foi símbolo de resistência e resiliência na fase da pandemia para quem estava travando uma batalha contra a Covid.

Além da letra de "Don't Stop Believin' de forte conteúdo motivador, a revista Forbes também destacou a elaborada linha melódica, sobretudo a introdução memorável em razão do distinto riff introdutório do piano de Jonathan Cain na abertura da música. "Não pare de acreditar ou você acabou, cara". Ele não parou, acreditou e foi em frente e o resultado está aí, diante de nossos olhos. Portanto, não pare nunca, não desista, acredite em você!





segunda-feira, 18 de março de 2024

Falar bem ou ter boa oratória é “combustível” para alavancar carreira?


"Fazemos bem aquilo que gostamos de fazer" (Napoleon Hill)

Dia desses tive a oportunidade de assistir um curioso podcast no qual duas especialistas em oratória, uma delas advogada e a outra fonoaudióloga discorriam sobre as habilidades de se falar bem. Até aí nada contra, no entanto num certo momento da conversa o tema enveredou para o setor de gestão de pessoas e uma das especialistas disse peremptoriamente que "a oratória é o combustível para alavancar carreira". Oi? A outra especialista por sua vez disse que se o candidato tiver uma boa oratória na entrevista de seleção é possível saber tudo sobre as suas habilidades. Será? Bom, não é bem assim. Aos fatos:

É importante aqui que antes saibamos a diferença entre Oratória e Retórica. Oratória é a habilidade de comunicar com clareza, elegância e confiança todo o discurso que foi construído pela retórica; já a Retórica é a construção de bons argumentos levando-se em conta os aspectos racionais e emocionais. Parece simples, porém na prática nem todos conseguem obter feedback positivo na sua maneira de se comunicar por desconhecer as regras linguísticas de se comunicar bem.

Retornando às afirmações das duas especialistas, considero bastante preocupantes afirmações deste teor, isto porque na prática não é assim que acontece. Com toda certeza se uma das duas fosse profissional de RH não colocaria as questões da maneira como foram colocadas. Parece-me que nenhuma delas tem a mínima noção da dinâmica ou de como funciona um processo de recrutamento e seleção.

Quando uma vaga é aberta, o responsável pelo setor de recrutamento e seleção recebe um formulário enviado pelo gestor do departamento no qual a vaga foi aberta, cujo formulário constará todo o perfil que o candidato deverá possuir para o preenchimento da vaga. Já recebi formulário (e não foi uma vez só!) que constava que uma das caraterísticas que o candidato deveria ter é que fosse introvertido e falasse pouco. Se fosse muito comunicativo, nem pensar! Pois é.

Obviamente que a exigência para que o candidato tenha habilidade em se expressar e se comunicar muito bem está restrita a alguns cargos, sobretudo os de gerência, gestão ou supervisão cujas funções no dia a dia requerem que estejam em contato com clientes, fornecedores e subordinados. Podemos citar também assessores de comunicação, secretárias, relações públicas, vendedores e naturalmente outros cargos cuja expertise na função seja justamente a habilidade de se comunicar bem.

Outra questão que uma das duas levantou foi que qualquer pessoa pode desenvolver habilidades em oratória. Depende. Existe uma característica do ser humano denominada vocação e que não pode ser descartada. Pessoas com tendência a ter uma voz potente do tipo locutor de rádio ajuda bastante. As chances de essas pessoas escolherem uma profissão que requer uma boa comunicação são muito mais sólidas do que aquelas sem vocação que gastaram rios de dinheiro em cursos de oratória sendo que elas poderiam empregar esse investimento em outras habilidades inerentes às suas vocações. Napoleon Hill sempre discorria sobre a importância da vocação em seus livros.

É bom lembrar aqui que bons resultados apresentados na execução de tarefas, bem como, o fator produtividade são muito mais importantes do que ter uma boa oratória. E de novo, dependendo do cargo, entre um funcionário que se comunica bem, porém é ineficiente em apresentar resultados e outro que não se comunica bem, mas apresenta resultados satisfatórios as chances de promoção e decolar na carreira estão muito mais próximas deste último. Funcionários falastrões nem sempre são bem vistos, depende muito da cultura da empresa.

Além disso, pessoas que possuem um raciocínio lógico aguçado ou tiveram algum contato com a disciplina denominada Lógica (ramo da Filosofia que distingue o pensamento correto do incorreto através de premissas), conseguem muito mais êxito quando se comunicam do que aquelas que se prendem apenas em ser bons oradores.

Isto posto, de nada adianta ter voz de trovão ou de locutor de rádio, de nada adianta investir dinheiro em cursos oportunistas que prometem que a pessoa sairá do curso falando como o filósofo Marco Túlio Cícero ou Demóstenes. Isso não é combustível suficiente (suficiente!!) para alavancar carreira de maneira alguma. Dominar a língua pátria, falar o português correto, saber e dominar as regras da Lógica, do raciocínio correto, daí sim, mais de meio caminho estará percorrido para se fazer compreender e ser compreendido, seja na vida pessoal, social ou profissional. O resto é lábia para vender curso oportunista engana trouxas, é puro bla bla bla sofístico que não resiste a três minutos de raciocínio lógico, é combustível batizado que deixará a pessoa a pé e no meio do caminho.


sexta-feira, 8 de março de 2024

Dia Internacional da Mulher: Kilza Setti


Kilza Setti


Kilza Setti de Castro Lima (São Paulo, 1932) é musicista, compositora, professora doutora e antropóloga. Ela é a homenageada deste blog neste Dia Internacional da Mulher.

Aos oito anos de idade iniciou seus estudos de piano, graduou-se em 1953 pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

Ela é fundadora da Associação Brasileira de Folclore e seu catálogo musical é composto por cerca de 70 peças musicais para variadas formações, sendo dez delas premiadas em concursos nacionais.

Uma dedicada pesquisadora da cultura caiçara, sobretudo da música originária dessa população (fandangos), seus estudos culminaram na sua famosa composição "Missa Caiçara".

Musicou dois poemas de Carlos Drummond de Andrade, "Ser" e "Memória".

Publicou o livro "Ubatuba nos Cantos das Praias (Estudo do Caiçara Paulista e de sua Produção Musical) da coleção Ensaios, editora Ática.

Em 2020, Kilza foi uma das mulheres cuja obra foi tema da série de concertos "Mulheres na Música" no SESC Vila Mariana, dentro do programa “Vozes Mulheres”, que visou abordar autoras que enfrentaram preconceitos políticos e de gênero e por terem lutado contra o peso da tradição e o estereótipo do papel da mulher na sociedade.


segunda-feira, 4 de março de 2024

Defeitos e qualidades e outras questões nas entrevistas de seleção



Qual candidato já não se sentiu desconfortável quando o entrevistador lhe pergunta sobre seus defeitos? Mesmo que o candidato esteja esperando pela pergunta e até foi treinado por um profissional habilitado, ainda que tenha lido manuais e manuais disponíveis nas redes sociais sobre como se sair bem nas entrevistas, esse momento sempre será desconfortável. Falar sobre as qualidades é tranquilo, mas sobre os defeitos? É ruim, muito ruim.  É justamente por isso que quando entrevisto candidatos seja lá para qual vaga esteja aberta eu jamais peço que me respondam sobre seus defeitos e qualidades. Vejamos:

Eu e também um grupo de colegas de profissão em gestão de pessoas, entendemos que os termos “defeitos" e “qualidades” são equivocados e não são termos adequados para nos referirmos às pessoas ou aos seres humanos. Defeitos e qualidades podemos encontrar única e exclusivamente em produtos diversos que adquirimos por aí, seja um chuveiro, um carro, uma peça do vestuário, eletrodomésticos diversos, enfim, em objetos inanimados, sem vida.

Quando tratamos com ou de pessoas podemos perguntar a elas sobre seus pontos fracos, negativos ou limitações. Denominamos pontos de inépcia e quanto aos pontos positivos denominamos pontos de proficiência ou mesmo habilidades. E não, não é mesmo que defeitos ou qualidades e isso faz muita diferença no momento de uma entrevista de seleção simplesmente porque o candidato vai sentir que está sendo tratado como pessoa e não como um objeto sem vida que vem acompanhado de nota fiscal, manual de instrução e garantia de 90 dias.

Além disso, sabemos que uma boa entrevista é aquela em que o entrevistador ouve mais e fala menos. O entrevistador faz algumas perguntas chaves e matadoras (naturalmente muito bem elaboradas com antecedência de acordo com o perfil da vaga aberta) nos momentos certos e deve deixar o candidato brilhar, ser a estrela e o protagonista daquele momento. Enquanto isso observa-se as modulações de voz do candidato, como ele se expressa o gestual, se tem um bom português, é seguro ou inseguro nas afirmações. Por exemplo, pedir a ele que discorra sobre o último livro que leu e em que essa leitura agregou em sua vida; sobre um filme que assistiu, e uma situação difícil que ele viveu e como ele saiu dela em seu último emprego.

Sobre as dinâmicas do grupo

Utilizamos dinâmicas de grupo dependendo muito do tipo de cargo que a pessoa vai ocupar. Para o setor de vendas ou promoção de eventos, por exemplo, a dinâmica de grupo revela-se uma ferramenta bastante poderosa para verificar a postura dos candidatos. Eu costumo utilizar jogos de tabuleiro de estratégia (são caros, investi um bom dinheiro neles, mas valeu a pena porque o resultado é sempre eficaz e muito divertido!) nas dinâmicas de grupo nos quais participam 6 a 10 candidatos. Eu costumo utilizar os seguintes jogos: Ticket To Ride, Power Grid, Container, Azul e Rory's Story Cubes.  A escolha de cada jogo vai depender da dinâmica dos cargos pretendidos.

Não é necessário que o candidato já tenha prévio conhecimento desses jogos, pelo contrário, ele tomará conhecimento das regras do jogo naquele momento e aqui é que entra o fator surpresa ao ser analisado como ele lidará com essas regras junto com os outros participantes do jogo. Detalhe importante: nem sempre o vencedor do jogo será o candidato aprovado na seleção e essa informação poderá ser passada aos candidatos ou não, fica a critério de quem está no comando da dinâmica de grupo.

A Redação surpresa!

Se o cargo a ser preenchido requer que o funcionário elabore relatórios técnicos, memorandos, cartas, etc., costumo antes da entrevista solicitar que o candidato faça uma redação (tema livre ou não, aqui vai depender também do cargo) de vinte a trinta linhas. A redação vai revelar se o candidato possui poder de síntese, pensamento organizado, senso crítico, esmero, caligrafia legível, etc.

Portanto, sempre é tempo de repensarmos todas as técnicas de entrevista de seleção que aprendemos, sendo a maioria delas de autores americanos. Há diversas maneiras e técnicas de detectarmos as limitações e habilidades dos candidatos, não há necessidade de perguntarmos sobre os “defeitos e qualidades”. Deixemos esses termos para os eletrodomésticos, afinal pessoas não são objetos inanimados e sem vida, somos todos seres humanos.


Organização, Gerenciamento de Tempo e Produtividade

Matriz de Eisenhower Não existem mágicas, truques, macetes ou segredos, o que existem sim são métodos, técnicas e ferramentas bem estudadas ...