terça-feira, 18 de junho de 2013

O grau de risco da profissão repórter

Repórteres cobrem guerras, passeatas e toda sorte de protestos populares no mundo todo. Quando os ânimos se exaltam, é óbvio que o profissional repórter que esteja presente é candidato a alvo livre de todos os lados e não há como sair incólume de situações dessa natureza. É correr ou correr.

Quando o repórter opta pela cobertura dessas manifestações, já deve partir do pressuposto de sua exposição física e não pode esperar disso confetes, papeizinhos coloridos e serpentinas, mas balas perdidas (de borracha ou não, tanto faz), pedradas, bombas de efeito moral e as mais variadas formas de agressão, afinal, guerra é guerra.

Em situações de protestos, não há que se falar que a polícia cometeu excessos, sendo que, é impossível de se manter a ordem sem deixar de cometê-los quando os ânimos se exaltam, afinal, a exaltação dos ânimos de quem protesta já revela o excesso cometido.

Nessas manifestações nefastas do Movimento Passe Livre (ou me engana que eu gosto) e patrocinado por partidos comunistas e terroristas radicais, parece que quem só comete excessos é a polícia. Já os baderneiros, que explodem vidraças, usam repórteres e civis como escudo humano, seqüestram coletivos, paralisam avenidas impedindo quem quer trabalhar e ferindo de morte a Constituição Federal que nos garante o direito de ir e vir, esses excessos não entram na conta.

Devo lembrar que em muitos casos, os repórteres que estão cobrindo manifestações escolhem veladamente ou mesmo abertamente o seu lado. Já a polícia, cabe apenas a escolha de garantir a ordem e a segurança de todos os cidadãos, ou seja, cumprir o seu papel. Como bem disse o ex-capitão da Rota, Conte Lopes, “tropa de choque não foi feita para dialogar”. Imagine um policial da tropa de choque dizer: “Dá licença, moça, que eu vou atirar”. Não há tempo para isso.

Obviamente que é sempre triste, doloroso e chocante ver um rosto ferido vertendo sangue. No entanto, cada profissional conhece muito bem o grau de risco de sua profissão. Em situações de guerra, greves, protestos, manifestações e caos urbano, repito, não há que se falar em excesso policial. Demonizar o trabalho da polícia revela muito bem o lado que a repórter atingida escolheu.


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