“Novas idéias, porém, não nascem num ambiente conformista. Sempre que há reunião de pessoas, existe o perigo do pensamento grupal. Esse fenômeno consiste em que os membros do grupo se interessam mais em manter a aprovação dos outros do que em tentar propor soluções criativas para os problemas em pauta. A pressão do grupo pode inibir a originalidade e as idéias novas. Quando todo mundo pensa de jeito parecido, ninguém está se dando o trabalho de pensar muito.
Alfred Sloan sabia dos perigos do pensamento grupal. No fim da década de 30, Sloan presidiu uma reunião do conselho na General Motors. Durante o encontro, foi feita uma proposta e todos os presentes ficaram entusiasmados com a idéia. “Vamos ganhar um monte de dinheiro com essa proposta”, disse um. Outro ponderou: “Precisamos implantá-la o mais rápido possível. Ainda outro declarou: “Vamos arrasar a concorrência”. Depois da discussão, Sloan disse: “Agora vamos votar a proposta”. Todos os membros do conselho em volta da mesa votaram “sim”, um por um. Quando chegou a sua vez, Sloan argumentou: “Também voto sim”, o que torna a decisão unânime. Por isso mesmo, vou agendar a proposta de novo para o mês que vem. Não estou contente com o que está acontecendo com o nosso pensamento. Estamos bloqueados, vendo essa idéia sob um ângulo só. Esse é um jeito perigoso de tomar decisões. Gostaria que cada um de vocês passasse o mês estudando o assunto sob uma perspectiva diferente”. No mês seguinte, a proposta voltou a ser colocada na reunião. Dessa vez, porém, foi derrotada. Os membros do conselho tinham tido a oportunidade de superar os efeitos do pensamento grupal”.
*Trecho extraído do capítulo 9 do livro, Um "Toc" na Cuca, de Roger Von Oech, editora Cultura Editores Associados.
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