Houve um tempo no século passado entre as décadas de 1980/1990 em que as empresas aqui no Brasil disputavam quem contava com mais funcionários com curso superior no quadro de colaboradores. Essa ideia (péssima por sinal) foi importada dos Estados Unidos. No entanto, quando essa mania aterrissou por aqui com o delay de sempre, há mais de 10 anos que as empresas americanas já tinham abandonado essa postura em razão da evolução dos sistemas operacionais, softwares, aplicativos, etc., disponíveis no mercado, bem como, a expansão da internet. As empresas do Vale do Silício rapidamente aprenderam que diploma de curso superior não era (e continua não sendo) sinal de competência profissional.
Muitos funcionários, sobretudo os mais jovens que laboram em empresas das mais diversas atividades econômicas se equivocam e se iludem na esperança de que na conclusão do curso superior serão brindados com uma promoção de cargo. Ledo engano! A promoção de cargo envolve diversos fatores e pouco ou até mesmo nada tem a ver com a conclusão do curso superior do funcionário.
Para que exista uma escala de promoções, é preciso que a empresa tenha definido uma política de quadro de carreira hierárquico e isso só ocorre em empresas de porte grande ou nas multinacionais com extenso quadro de colaboradores. Nas empresas de porte médio e pequeno atualmente isso não mais existe, sobretudo pela opção do trabalho remoto (Home-Office) ou mesmo pela terceirização, seja pela atividade meio ou fim.
A altíssima carga tributária trabalhista e excesso de legislação forçam as empresas a trabalharem com um quadro enxuto de colaboradores. Os cargos são estáticos e inexiste qualquer possibilidade de promoção simplesmente porque não há política de promoção. Isso quer dizer que um funcionário que exerce desde a sua admissão determinado cargo, ele ficará nesse mesmo cargo até o dia em que se demitir ou ser demitido.
Cargos de gerentes, supervisores, coordenadores e chefias normalmente se reportam diretamente ao sócio proprietário da empresa, ou seja, nestes casos não há que se falar em promoção. Já nos cargos de assistentes ou auxiliares, a possibilidade de promoção raramente está associada com a conclusão de um curso superior. É preciso analisar o que a conclusão do curso superior agregou de conhecimento profissional que possa ser aplicado na prática do dia a dia daquele funcionário. Normalmente não tem agregado nada, é muita teoria inútil contaminada de doutrinação ideológica chinfrim e zero de técnicas e práticas profissionais.
Obviamente que existem cargos que a lei exige a formação do curso superior para exercer determinados cargos, por exemplo, advogado, engenheiro, nutricionista, etc. Nesses casos, o funcionário depende da formação superior para poder exercê-los, mas estamos falando aqui de empresa de grande porte e multinacionais.
Pois bem, se um diploma de curso superior não garante promoção o que garante então? Já escvrevi em diversos artigos que a promoção de um colaborador depende de diversos fatores que envolvem produtividade, pro-atividade, resiliência, capacidade de solucionar problemas complexos, estar sempre alinhado com a política cultural da empresa e sobretudo ser um colaborador que faz a diferença usando a criatividade para evitar prejuízo e maximizar o lucro da empresa.
Portanto não se iludir que um diploma de curso superior lhe trará promoção já é uma postura que faz a diferença simplesmente porque a ilusão do canudo a maioria dos funcionários medianos já a tem. Um diploma de curso superior apenas o colocará ao lado dos demais iludidos e a busca da promoção de cargo começa em não ser igual as demais porque estes nunca fazem e nunca farão a diferença.
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