Vira e mexe nos
deparamos com essa figura sinistra denominada assédio moral nos noticiários da
imprensa. Um fantasma nebuloso, sem pé nem cabeça que vem marcando presença na
Justiça do Trabalho, através de ações movidas na maioria das vezes por
funcionários mal informados e por que não dizer, mal intencionados? Os
bancários são os campeões dessas ações, representam 66% desse contingente de
“vítimas” de assédio moral. As queixas vão desde chefes que fazem pressão, gritos,
cobrança abusiva, humilhação, falta de reconhecimento, brincadeiras ofensivas
até exclusão de projetos, etc. Que coitadinhos. É de dar pena, não? Vamos
analisar algumas dessas queixas rapidamente:
Pressão: Desde quando
chefe não pode fazer pressão? Chefe existe para que? Um gestor não está no
comando para passar a mão na cabeça de funcionários relapsos e ociosos. Mesmo
porque, o gestor também recebe pressão sistemática da diretoria para cumprir
suas metas num determinado prazo. E para isso, ele tem que contar com a sua
equipe de subordinados na qual sempre tem um pacóvio fora de foco que precisa
de uma chacoalhada, do tipo, acorda mané, com todo o devido respeito.
Falta de Reconhecimento:
Meritocracia parece ser um termo desconhecido dos queixosos. Os gestores
reconhecem sim quando um integrante de sua equipe é colaborativo e
participativo e, portanto, sempre é elogiado, recebe bônus salarial, prêmios,
aumento ou promoção.
Exclusão de projetos: Um
tanto vago isso. No entanto, participam de projetos aqueles colaboradores que
no momento estão habilitados para tal. Não faz sentido incluir um funcionário
que não esteja em sintonia com o planejamento do setor no qual trabalha para que
não acabe comprometendo o resultado final do projeto.
Brincadeiras ofensivas:
Isso é uma questão absolutamente inerente às relações interpessoais, não há
como evitar, quer dentro ou fora do ambiente corporativo. Canetadas estatais
não vão erradicar essa questão. Aquele que dominar melhor o processo de
comunicação, tiver aguçado raciocínio lógico e sagaz, ter um conhecimento
abrangente e ser assertivo, saberá reagir de acordo com a situação do momento.
Isso se obtém através de leituras, conhecimento, treinamento, cursos e
experiência de vida.
Recentemente, a imprensa
noticiou o caso de uma jovem (bem grandinha por sinal e por que não dizer,
balzaquiana) que ganhou de seus colegas de trabalho a medalha de pior
funcionária daquele departamento e com o aval dos gestores, segundo ela mesma
confessou. Passado algum tempo, ela foi demitida. Após ter sido premiada com
essa pitoresca medalha, ao invés de estudar mais, se dedicar e melhorar o seu
desempenho, ela nada fez, se acomodou. E não é que a moça após ser demitida entrou
com ação de assédio moral contra a empresa? Acabam de inventar o assédio moral
horizontal que ocorre entre os colegas de trabalho. Neste caso, a empresa
também responde como responsável perante a Justiça do Trabalho. Mais absurdo
que isso, só Franz Kafka que se vivo fosse e residisse no Brasil, teria um
oásis de temas para seus livros.
Mas vamos lá, e daí que a
moça ganhou medalha de pior funcionária do departamento? Se ganhou foi porque
mereceu. Isso tem um nome, é a política saudável da meritocracia. Poderia ser medalha
da mais feia, da mais eficiente ou mesmo da mais elegante. Daí com certeza ela
não reclamaria, não é mesmo? Esse tipo de brincadeira (hoje chamada de
ofensiva) sempre existiu dentro das empresas e não vai deixar de existir, tanto
em escala horizontal ou vertical. Os funcionários sempre souberam resolver por
si próprios essas questões sem precisar chamar “papai e mamãe” para acudir. “Papai
e mamãe”, quer dizer a mão pesada do Estado paternal, ou o grande irmão que se
intromete na vida de todos e de tudo, sobretudo do que não lhe diz respeito.
Alguns sindicatos (os
mais radicais e retrógrados) já imprimiram gibis e cartilhas sobre assédio
moral. É diversão garantida quando se lê as imbecilidades lá contidas. E mais,
já existem também instituições (algumas de viés pra lá de duvidoso) que
“orientam” o trabalhador sobre assédio moral. E os “doutores” deitam falações as
mais bizarras possíveis. Encontramos textos com as seguintes pérolas: “O assédio moral está entre a luta de classe de capital e trabalho” (luta de
classe? Bem vindo ao século dezoito), “o assédio
moral manifesta-se através de despedida abusiva (sabe-se lá o que isso quer
dizer); estratégias maçantes de vendas (claro,
quanto menos vender melhor, não é?); abuso
de direitos (não seria abuso de poder? Porque quem não quer usar e abusar
de seus direitos?). Mas é claro, estava demorando, o foco do ataque é sempre a
ganância pelo lucro e o ódio tacanho ao Capital, como se as empresas pudessem
existir sem visar lucro, como se pudessem existir liderados sem uma liderança.
Curioso é que 100% das
leis aprovadas e projetos de lei que tratam do assédio moral em trâmite no
Senado para aprovação, nasceram de partidos esquerdólatras, PT, PC do B, PSB,
PV e daí pra pior. Desnecessário dizer que foice e martelo e barbudo de boné
vermelho (e diga-se en passant, verde
melancia também) não combinam com relações do trabalho em pleno século XXI. Já
não basta o alfarrábio fascista de 922 artigos que insiste em esculhambar
empregados e empregadores, além de uma carga tributária brutal e avassaladora
sobre a folha de pagamento, políticos esquerdopatas, analfabetos funcionais que
nunca estiveram no setor de RH de uma empresa, querem pousar de bons mocinhos
elaborando leis de assédio moral na falta do que fazer de melhor e mais útil.
Essas leis estapafúrdias não
são criadas para melhorar a vida dos trabalhadores coisa alguma, engana-se quem
as aplaude e comemora. O alvo das leis são as pequenas e médias empresas, as
que mais geram empregos no país. Atingindo essas empresas com altas
indenizações descabidas, postos de trabalhos deixarão de ser criados. Além disso,
por tabela, a presença do Estado se agiganta em proporção assustadora na vida
privada de cada um. Lamentavelmente, as pessoas cada vez mais têm fome e sede
do Estado em suas vidas, parecem infantilizadas e incapazes de lidar com
questões tão banais no ambiente corporativo. Clamam pelo Estado e
inconscientemente ou não, estão clamando pelo seu próprio algoz.
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