Infelizmente aqui no Brasil tudo acaba se transformando numa questão política. Música, cinema, literatura, artes plásticas, educação e ensino e como não poderia deixar de ser, as relações de trabalho. A politização do trabalho tem início no começo do século XX com o indefectível movimento anarquista e em seguida com a mão pesada dos sindicatos esquerdistas que até hoje deitam e rolam deixando trabalhadores reféns de seu totalitarismo. Tudo em nome de uma causa vermelha, inútil e sanguinária que contabiliza no mundo todo, duzentos milhões de mortos, flagelo, miséria, desemprego e pobreza.
O setor de Recursos Humanos, já há alguns anos vem se moldando à agenda esquerdista mundial em ritmo alucinante através de seus profissionais irresponsáveis, ignorantes e boçais, sendo que em muitos casos com a anuência ridícula de alguns empresários pascácios e mal informados que aderem à onda moderninha do momento.
Um quadro triste e devastador pôde ser conferido no 39º Congresso Nacional Sobre Gestão de Pessoas (CONARH), realizado no mês de agosto de 2013. O que lá ocorreu, mais parecia um encontro da Internacional Socialista (IS) com todos partidos comunistas do Brasil reunidos, no afã de discutir e traçar diretrizes à luz (ou escuridão?) de uma tacanha e retrógrada agenda politicamente correta para o setor de Recursos Humanos no Brasil. Só faltou colocar nas paredes os retratos dos patronos do encontro que bem poderiam ser Karl Marx, Lenin, Antonio Gramsci, Paulo Freire e Che Guevara.
O que se viu foi um show bizarro de palestrantes rastaqueras provincianos deslumbrados com tecnologia e brinquedinhos eletrônicos. O tabaréu brilhou mais que o bacharel. O foco dos discursos iníquos foi uma lenga lenga repetida ad infinitum sobre liderança engajada (engajada em que mesmo?), saúde e bem estar dos funcionários, diversidade, multiculturalismo, cotas, inclusão, cidadania, feminismo, casamento gay (já vimos isso antes em algum lugar, não?) desenvolvimento sustentável, responsabilidade social e políticas ambientalistas. Só faltou a presença do Partido Verde e a Marina Silva para abençoar o evento.
A palavra de ordem que não poderia faltar: mudança! Sempre ela, mudança cuja tradução foi: jogar na lata de lixo tudo o que foi aprendido em administração de RH em nome de uma agenda politicamente correta. Não faltaram palestras esotéricas de auto-ajuda e motivação e claro, o fecho com chave de ouro: "Um novo RH que deverá contribuir para um mundo melhor!!!" Quando escuto um sujeito dizer isso já me dá arrepios. Com isso, nem é preciso dizer quem patrocinou essa assembléia de melancias que foi o 39º CONARH.
Naturalmente que alguns poucos palestrantes saíram da nuance verde-vermelha ao abordar a necessidade da flexibilização das leis trabalhistas, o excesso de tributos pagos pelo empregador que acaba gerando desemprego, o trabalho home-office, o ensino universitário claudicante, vocação profissional e outros temas pertinentes. Pregação no deserto.
O 39º Congresso de Gestão de Pessoas foi o alinhamento total com agenda esquerdista determinada pelos documentos da Unesco. Quem não sabe do que estou falando, favor ler o livro Maquiavel Pedagogo, de Pascal Bernardin. O que é mais assombroso é a cega adesão de empresários a essa missa macabra embalada em discursos recheados de palavras bonitas e de efeito retórico: Mudança, Inclusão, Moderno, Sustentabilidade, etc.
Nas grandes corporações, sobretudo nas multinacionais, a implantação dessas políticas suicidas não vai abalar em nada suas posições no mercado. No entanto, para os médios, pequenos e micro-empresários que aderirem a essa agenda politicamente correta, o preço a ser pago é uma espessa corda que irá enforcá-los, sem dó nem piedade. A corda de que Lenin falava.
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