“Todo Mundo é Incompetente, Inclusive Você (O Princípio de Peter)”, de Laurence J. Peter, é um livro que apesar de escrito na década de setenta, impressiona por continuar atualíssimo, sobretudo em tempos do terrível apagão de talentos, verdadeira praga e epidemia que vem assombrando o mercado de trabalho há algumas décadas. Isto porque, o tema central trata justamente da incompetência profissional.
O autor defende a tese (corretamente, em minha opinião), que mais cedo ou mais tarde, cada posto de trabalho tende a ser ocupado por alguém que é incompetente para a função e cita vários exemplos com muito bom humor. Um soco no estômago daqueles desesperados por uma carreira dentro da corporação e ávidos por promoções sem se darem conta de seus limites de competência.
A incompetência começa a aparecer justamente nas promoções do funcionário, sinal de que ele atingiu o seu limite de competência no cargo em que estava. Incapaz de executar com capacidade a sua nova função, ao invés de reconhecer que ultrapassou o seu limite de competência, começa a culpar subordinados ou a pressão que recebe de seus superiores.
Sim, há um limite de competência que jamais deve ser ultrapassado e que, no entanto, o funcionário (salvo algumas exceções) não costuma ter percepção dessa deficiência. Então ele assume um cargo gerencial ou diretivo tornando-se na maioria das vezes um total fiasco ou fracasso.
Exemplos é que não faltam: Jogadores de futebol que assumem o cargo de técnico, atores que viram diretores, assistentes que são promovidos a gerentes, gerentes que acabam sendo sócios proprietários da empresa, etc, todos esses podem resultar em fracasso retumbante se já tiveram atingido seus limites de competência aonde estavam.
Exemplos é que não faltam: Jogadores de futebol que assumem o cargo de técnico, atores que viram diretores, assistentes que são promovidos a gerentes, gerentes que acabam sendo sócios proprietários da empresa, etc, todos esses podem resultar em fracasso retumbante se já tiveram atingido seus limites de competência aonde estavam.
Nem sempre eficiência ou expertise é sinal de competência ou emprego estável. O autor traça um “Paradoxo da Eficiência” interessantíssimo no qual um funcionário super-competente está num extremo e o super-incompetente no outro extremo. Ambos sempre sujeitos à demissão sumária, o primeiro porque sempre transgride a hierarquia e o segundo pelos motivos óbvios.
O desafio maior que autor propõe é ficar abaixo do nível da incompetência, o que não é nada fácil, embora o autor tenha encontrado durante sua pesquisa, funcionários muito hábeis em ficar onde estão, no limite de suas competências, por estarem conscientes de que uma promoção os colocaria num nível de incompetência que fatalmente, destruiria suas reputações dentro da empresa.
O autor nos oferece um manancial de soluções para não atingirmos o nível da incompetência. Dentre elas, podemos citar, por incrível que possa parecer, o poder do pensamento negativo e a incompetência criativa irrelevante, um dos capítulos mais divertidos e instigantes do livro. Não há escapatória, pois estamos todos condenados por nossa própria engenhosidade porque, segundo o autor (e com muita razão), a competência traz em si o germe da incompetência.
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