terça-feira, 29 de março de 2022

Agradeça aos agrotóxicos por estar vivo: Leitura Recomendada!

Eis aqui um livro que com certeza é um dos mais completos sobre o tema “agrotóxicos” (explicarei as aspas mais adiante) já publicados no Brasil. O autor, o jornalista Nicholas Vital com muita coragem construiu uma obra prima única e autêntica, isenta de qualquer viés ideológico e tal como um brutal trator, passa por cima, esmaga e estraçalha todos os mitos criados e bobagens ditas sobre o assunto, sobretudo por celebridades midiáticas. Sem mais delongas, vamos ao resumo:

- Não é “agrotóxico”, o nome correto é defensivos agrícolas

Pouquíssimas pessoas sabem, mas o termo agrotóxico só existe no Brasil! Sim, essa aberração de termo foi criada pela Lei nº 7.802/1989 e sancionada pelo governo de José Sarney por pressão do lobby dos ambientopatas. A lei define que, herbicidas, acaricidas, inseticidas, fungicidas etc. usados na agricultura e agropecuária deverão ser denominados com o termo agrotóxicos. No restante do planeta os termos usados para esses produtos são: defensivos agrícolas, produtos fitossanitários ou mesmo agroquímicos. Por essas e outras marimbondadas (alguém aí se lembra do Marimbondo de Fogo?) é que o Brasil sempre foi a chacota da vez no exterior.

- Rigor na aprovação do uso de defensivos agrícolas

No Brasil, a legislação para aprovar o uso de defensivos agrícolas é uma das mais rigorosas do mundo. Para que um produto seja aprovado ele necessariamente passa por três órgãos: Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura. O primeiro analisa a toxidade do produto para o uso do ser humano, o segundo analisa o impacto do produto no meio ambiente e o terceiro providencia o registro e a liberação para o seu uso.

- Brasil é recordista no uso de defensivos agrícolas

Sim, é verdade e isso é muito bom por dois motivos: o primeiro é que o Brasil abastece com alimentos saudáveis praticamente 20% da população do planeta;  segundo, o Brasil é o único país do mundo que devido ao clima tropical favorável ao plantio é possível plantar nas quatro estações do ano, pois por aqui não temos nevadas brutais nem camadas de gelo que blindam o solo nas estações de inverno como em outros países. Matematicamente é óbvio que plantando nas quatro estações do ano a utilização de agroquímicos é vultuosa. Além disso, existe a exigência dos importadores de alimentos para que os produtos estejam impecáveis e livres das pragas agrícolas.

- Agroquímicos estão dentro do Limite Máximo de Resíduos (LMR)

Todos os agroquímicos aprovados estão rigorosamente dentro do índice LMR, que representa o limite máximo de resíduos químicos suportados pelo corpo humano. Não há registro de mortes relacionado ao consumo de alimentos tratados com agroquímicos, sendo que o nível de toxidade de tais produtos é infinitamente mais baixa em relação ao século passado. As áreas de plantio ocupam três vezes menos espaço em relação ao ano de 1980. Houve aumento da expectativa de vida. Nós ingerimos o tempo todo substâncias químicas suportáveis para o corpo humano, tais como, zinco, mercúrio, alumínio, chumbo, etc., eles estão presentes até mesmo na água que bebemos.

- Produtos orgânicos, a coqueluche das celebridades midiáticas

A moda e a divulgação dos produtos orgânicos, produzidos de maneira rudimentar e primitiva não teve nada a ver com questões de saúde. Teve início na Franca no início da década de 70 tendo como suas principais divulgadoras a atriz e celebridade (sempre elas) Catherine Deneuve e a primeira dama francesa, Claude Pompidou. A intenção era dar uma áurea de excentricidade e luxo restritas às classes de alto poder aquisitivo. A moda chegou até os Estados Unidos, foi abraçada ingenuamente pela comunidade hiponga (como não?) e hoje está aí sendo divulgada por pessoas de alto poder aquisitivo e midiáticas que nada entendem de agricultura ou agropecuária. Entre elas, encontramos Bela Gil, Paola Carosella e Marcos Palmeira.

- Produção de orgânico é de apenas 1% do total e 270% mais caro do que o convencional

A produção de orgânicos representa apenas 1% do total de alimentos produzidos no Brasil, tendo os seus custos operacionais absurdamente elevados fazendo com eles cheguem ao mercado custando 270% mais caro do que o alimento produzido de maneira convencional. O total de orgânicos produzidos no país abasteceria a cidade de São Paulo por apenas 5 dias. Além disso, não existe diferença nutricional ou de sabor em relação aos produtos convencionais, fato comprovado cientificamente.

- Você sabe o que é guano? É um composto com fezes de morcego!

O guano é um fertilizante usado exclusivamente na produção de orgânicos, feito a base de fezes de aves marinhas, morcegos e focas. É!! Também são usados enxofre, sulfato de cobre, permetrina, carvão em pó, pó de fumo e óleo de neem* que é fatal se consumido em doses altas. Isso as celebridades midiáticas não falam. Não falam porque não sabem disso e se sabem por que não falam?

- Contaminação de orgânicos pelo uso intensivo de esterco animal

A OMS apontou causas de intoxicação alimentar atribuídas às bactérias identificadas nos alimentos orgânicos, entre as quais, salmonela, E. Coli, norovírus e fumonisina. Esta última trata-se de uma toxina que inibe a absorção de ácido fólico podendo causar malformação de fetos, problemas cardiovasculares e edema pulmonar.

- Produtores de orgânicos jogando a toalha

Em razão dos custos elevadíssimos operacionais na produção de orgânicos que exige mais espaço para o plantio, os pequenos produtores já estão jogando a toalha porque estão ficando no prejuízo. Muitos estão retornando à produção convencional. E com isso abriu-se uma lacuna para as grandes corporações investir nesse nicho. O problema é que na produção de orgânicos dessas corporações já foram encontrados pela fiscalização agroquímicos que são usados nos produtos convencionais o que torna os orgânicos não tão orgânicos assim. E agora?

- As celebridades pseudocientíficas

Como a maioria dos brasileiros acredita em tudo que assiste na televisão, sobretudo quando celebridades midiáticas deitam falação sobre o que não sabem, citemos um trecho do livro: “o Brasil pode ser considerado um paraíso para propagadores de mentiras científicas. Some-se a isso o desconhecimento do assunto até mesmo entre estudantes universitários e pessoas com boa formação. O resultado não poderia ser diferente: seja qual for a bobagem sensacionalista publicada nos jornais ou compartilhada na internet, ela certamente não será questionada pela maioria dos brasileiros”.

- Conclusão

Celebridades midiáticas criaram um problema artificial para demonizar os defensivos agrícolas, santos remédios para pragas diversas da lavoura, para  vender uma solução restrita a nichos de excêntricos e que não é nada barata, pois os orgânicos sempre serão consumidos pelos soças riquinhos e inteligentinhos do Leblon e os descolados da Vila Madalena, provando com A+B que a pior praga mesmo que existe atende pelo nome de ideologia. Ou seria toxideologia? E hoje ela tem cor: é verde por fora, vermelha por dentro e recheada de amebas.

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*Óleo de Neem: inseticida natural obtido a partir da prensagem a frio de sementes da espécie Azadiretcha Indica, originária da Índia, e que possui mais de 150 compostos bioativos, um produto eficientíssimo no combate de insetos. Seu uso pode ser fatal para o ser humano.


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