Influenciador digital ou digital influencer, quem disse que essa atividade não é profissão? O pior é que muita gente equivocadamente diz por aí que não reconhece o influenciador digital como profissão acreditando que somente quando há regularização estatal para que tal atividade (ou qualquer outra) se torne profissão. Um absurdo desses é de uma ignorância sem precedentes por parte de quem está afirmando. Afinal, como surgem as profissões? Vejamos:
Primeiramente, a palavra profissão deriva do latim, “professio, onis” com o sentido de professar, ensinar. Ora, e o que o influenciador digital faz senão ensinar e direcionar os seus seguidores na escolha de determinados produtos ou serviços? Por isso ele também pode ser chamado de influencer marketing. Ele pode até ser formado em outra profissão, por exemplo, uma esteticista passando dicas e orientações sobre maquiagem.
As profissões podem surgir tanto pela demanda das pessoas que desejam consumir determinados produtos, bens, serviços, bem como pela própria iniciativa de quem teve uma ideia nova para atender tais demandas para atuar no mercado, são os chamados trendsetters ou criadores de tendências.
O termo influenciador digital começou a ser popularizado aqui no Brasil por volta do ano de 2010 através das redes sociais, principalmente o Youtube. Garotas dando dicas de maquiagem, análises de produtos de beleza, dicas de perfumaria, vestuário, etc. Hoje temos um leque infinito de opções que atende a todos os gostos, do mais simples ao mais exótico possível. Vejamos apenas alguns exemplos:
Viagens: deseja visitar ou mesmo morar em algum país? os influenciadores vão lhe dar todas as informações possíveis sobre qualquer país que seja.
Comprar notebook ou smartphone: os influenciadores vão lhe passar todas as informações sobre as vantagens e desvantagens sobre as marcas de cada aparelho.
Informação sobre produtos de beleza: aqui as possibilidades são infinitas, centenas de influenciadores vão lhe passar todas as informações sobre esses produtos. Moda e vestuário é outro segmento muito bem frequentado pelos seguidores.
Literatura: encontramos nesse segmento diversos influenciadores analisando e até mesmo resenhando clássicos da literatura, bem como, romances policiais, autoajuda, infantis, etc. O influenciador sempre vai indicar a melhor edição, o melhor preço, etc.
Além desses, diga-se de passagem, que são os mais acessados, a opções são infinitas, tais como, botânica, filmes, artes plásticas, tarot, mangás, games, jogos de tabuleiro, informática, navegação, aviação, carros, os interessantíssimos Study Vlogs (motivação, estude comigo), na minha opinião um dos melhores temas dos influenciadores. Enfim, não há o que se procure que não vamos encontrar um influenciador que se disponibilizou a tratar sobre o tema em seus canais.
Os influenciadores são remunerados (alguns muito bem remunerados) de acordo com a monetização de seus canais ou bloggers. Essa monetização acontece em razão do número de inscritos, likes, compartilhamento e patrocínio de anunciantes. Na verdade, hoje o influenciador digital está em pé de igualdade com celebridades/artistas que antigamente eram os garotos propaganda de um determinado produto. E sim, o influenciador é uma poderosa ferramenta de marketing para as empresas, sobretudo aqueles que contam com milhões de inscritos.
Naturalmente que aquele que estiver melhor preparado no tema que se propôs criando enorme empatia com o público terá um número robusto de seguidores. Estes saberão identificar e selecionar aquele influenciador que melhor se comunica oferecendo conteúdo de qualidade com confiança, segurança e clareza.
Influenciador digital é mais uma profissão que provou que CLT, contrato assinado, cumprimento de jornada de trabalho, legislação trabalhista de nada valem. E que nenhum deles caia na ilusão do reconhecimento e regularização da profissão pelo estado, isso só vai criar barreiras, obstáculos e reserva de mercado para quem o estado decidir quem deverá atuar como influenciador digital. Significará também a perda de mais da metade de seus ganhos através de impostos.
Portanto, que fique bem claro, não é o Estado que cria profissões, ele cria sim infinitos obstáculos para exercê-la. As profissões surgem no livre mercado de acordo com a oferta e a demanda. O influenciador digital é uma dessas profissões que já está consolidada por se tratar de uma profissão libertária por excelência que não depende do Estado e assim sendo, ela é legítima, bela e moral.
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