segunda-feira, 4 de maio de 2020

O livre mercado grita, mas prefeitos e governadores se fazem de surdos

Não é apenas “a voz rouca das ruas” (expressão criada por FHC em 1997) que clama pela volta da normalidade, é o próprio livre mercado gritando através de um imenso megafone pela reabertura do comércio geral, pelo retorno da economia do país, atualmente sob cárcere privado e pelo fim dessa inútil quarentena ou isolamento severo absurdamente inconstitucional e que já virou motivo de escárnio ao redor do mundo.

E o que mais o livre mercado está gritando? Pois bem, o livre mercado está gritando que os preços estão subindo loucamente por causa da escassez decorrente da paralisação da produção de bens e insumos; pelo aumento de mortes decorrentes de infarto, AVC, acidentes domésticos e outras enfermidades porque as pessoas temem se dirigir até os hospitais; pelo aumento exponencial da violência doméstica e pela depressão das pessoas confinadas cujas imunidades estão baixando pela falta de exposição ao sol. Infectologistas não cansam de dizer que é a exposição das pessoas que as imuniza.

Mas o grito maior que ecoa e reverbera pelas ruas desertas e vazias é o grito do desemprego. O isolamento obrigatório está causando um desemprego sem precedentes na história do país que levará talvez meio século para se recuperar. Setores dos mais diversos estão demitindo. O último boletim do Instituto Brasileiro de Economia - IBRE-FGV aponta os setores de hotelaria, turismo, gastronomia, varejo e indústrias em geral, os que mais estão sofrendo com as demissões, sendo que o maior volume das baixas encontra-se maciçamente no setor administrativo de todos esses segmentos.

Empresas congelaram o recrutamento por tempo indeterminado. No momento apenas os setores hospitalares, produtos de higiene, delivery, e programadores e designers de aplicativo estão contratando. Aliás, até houve naturalmente um aumento percentual de 30% nesses segmentos. No entanto, o restante está totalmente estagnado e pior, demissões a todo vapor.

Ninguém recomendou, nem mesmo a OMS o fechamento de comércio ou confinamento severo. Países que seguiram isolamento vertical sem confinamento como, por exemplo, Japão, Holanda, Suécia entre outros, tiveram um número baixíssimo de infecção do vírus do PCC (partido comunista chinês). Em razão dessa medida, a Suécia acaba de ser elogiada pela própria OMS, quem diria!

Semana passada, no dia 30 de Abril, nos Estados Unidos, manifestantes armados invadiram a câmara legislativa do estado de Michigan para exigir da governadora progressista Gretchen Whitmer (uma espécie de dita-dória de saias) que retirasse as determinações de confinamento severo. Donald Trump afirmou em seu Twitter que a governadora deveria ceder em sua estratégia de confinamento e negociar com os manifestantes.

Com a palavra, Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho –OIT, que em seu boletim do dia 07 de Abril, declarou: Para milhões de trabalhadores, a ausência de renda é igual à ausência de comida, de segurança e de futuro. Milhões de empresas em todo o mundo estão à beira do colapso. Elas não têm poupança ou acesso ao crédito. Essas são as verdadeiras faces do mundo do trabalho. Se não forem ajudados agora, simplesmente perecerão”.

Aqui no Brasil essa ajuda já aconteceu e está em andamento através de medidas urgentes tomadas pelo governo federal. Infelizmente no Brasil, alguns governadores e prefeitos, rascunhos mal feitos de ditadores, politizaram a doença em nome de uma pauta progressista perversa contra o governo federal.  Esses chefetes de araque contam com o apoio da mídia criminosa e um séquito de celebridades, as mesmas de sempre, os socialistas do Leblon (ou esquerda caviar, se preferir), verdadeiros mercadores do medo e do terror contra a população.

Governadores e prefeitos não estão ouvindo “a voz rouca das ruas”, não estão ouvindo em alto e bom som o grito de alerta do livre mercado. É óbvio que ouvindo estão sim, mas se fazem de surdos. Como já entenderam a mensagem que estão politicamente derrotados e devidamente sepultados nas urnas eleitorais, decidiram então massacrar de vez os seus próprios eleitores e sobretudo os não eleitores.

O Artigo 1, § único da Constituição Federal diz que "todo o poder emana do povo". Não é o que esses ditadores meia bomba entendem, certamente na próxima edição do Diário Oficial novas medidas restritivas virão, massacrar a população estará no briefing do dia. A caneta do caudilho chega a tremer!

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