segunda-feira, 19 de julho de 2021

Trabalhador não quer direitos trabalhistas, ele quer apenas um emprego



O primeiro trimestre de 2021, conforme dados do IBGE/PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios), fechou com uma taxa de 14,7% da população desempregada, o que representa um contingente de 14, 8 milhões de pessoas, o que não é nada pouco e bem desanimador. A região nordeste é a mais crítica, seguida da sudeste, norte e por fim a sul. Já há algum tempo essa taxa encontra-se estacionada e insiste em não abaixar. Já considerando a pandemia, o problema é mais embaixo, Ou seria mais em cima? Vejamos:


Há quem diga: mas e a população ativa de empregados que representa 85.650 mil pessoas ocupadas? Bem, se compararmos o total da população do Brasil, o número de ocupados é bem baixo e a taxa de desempregados é absurda. É evidente que até países desenvolvidos de primeiro mundo enfrentam problemas de desemprego, sobretudo com a crise da pandemia. No entanto, os índices de desemprego desses países estão dentro de parâmetros aceitáveis, oscilando entre 5 a 7%, enquanto no Brasil, a taxa de 14,7% é escandalosamente vergonhosa. E a tendência é só aumentar.


É preciso parar de colocar a culpa na pandemia ou na falta de qualificação profissional, pois esta última não é critério para o desemprego. Se não existisse piso salarial e salário mínimo, um empregador daria emprego sem problema algum para uma pessoa sem qualificação profissional disposta a receber uma remuneração condizente com o que ela sabe fazer. O principal responsável pela alta taxa de desemprego atende pelo nome de “direitos trabalhistas”, o que significa que o problema vem bem lá de cima.


Praticamente já esgotei o assunto em meus artigos sobre a artificialidade dos ditos “direitos trabalhistas”. Um contrato de serviço sinalagmático não gera direitos, mas a obrigação do contratante em pagar pelos serviços prestados pelo contratado. Direitos trabalhistas foram inventados por políticos matreiros (desculpem a redundância) para ganharem votos e depois se refestelarem torrando o imposto do contribuinte em mimos, lagostas, vinhos importados, seguranças armados até os dentes, etc e tal.


A taxa de aumento do desemprego, em qualquer país que seja sempre será proporcional ao aumento de “direitos trabalhistas” proporcionados pelo estado que obriga o empregador a cumpri-los, caso contrário, os empregadores ficam sujeitos à severas penas que inclui multas brutais, o fechamento da empresa e até mesmo a prisão do empregador dependendo do caso.


Basta perguntar a um trabalhador que está desempregado se ele prefere um pacote de direitos trabalhistas ou apenas um emprego, ainda que sem tais direitos. A resposta é óbvia ululante. Não são os direitos trabalhistas que vão pagar o aluguel ou a prestação da casa própria; as despesas de água, luz e internet, as despesas de vestuário e alimentação do trabalhador. O que paga tudo isso é o seu salário. Direitos trabalhistas não diminuem o desemprego,  não pagam contas, não contribuem para o desenvolvimento econômico do pais, apenas sustentam políticos e parasitas estatais.

 

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