segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Maestria: seja o melhor na sua profissão, qualquer que seja ela

“Vocação é a felicidade de ter como ofício a paixão pelo o que você faz” (Stendhal)

Robert Greene é conhecido pelo seu espetacular livro “As 48 Leis do Poder” que até hoje está entre os livros mais vendidos praticamente no mundo todo. Em “Maestria”, Greene nos apresenta um guia infalível de como alcançar a maestria e ser o melhor em qualquer profissão que seja. Formado em Estudos Clássicos, o autor mergulhou em pesquisa profunda sobre a vida dos grandes mestres da humanidade e traçou os pontos em comum desses mestres nos revelando quais eram os métodos que eles utilizaram para alcançar à maestria profissional a tal de ponto de revolucionar as áreas nas quais atuavam. De quais mestres estamos falando?

Estamos falando de: Leonardo da Vinci, Albert Einstein, Wolfgang von Goethe, Mozart, John Coltrane, Ingmar Bergman, Os irmãos Wright, Marcel Proust, Marta Graham, Henry Ford, Teresita Fernández e muitas outras personagens contemporâneas. Quais pontos ligam esses mestres? O que eles têm em comum? A resposta é fácil: é a metodologia de trabalho utilizada em comum por todos eles. Essa metodologia envolve um pacote (e bem pesado!) de ferramentas diversas que todas essas figuras se utilizaram para atingir a maestria profissional.

Em primeiro lugar, Greene esclarece que para se atingir a maestria não é possível alcançá-la de maneira fácil, pelo contrário, o processo é longo e pode levar anos, em média 10 anos para se dizer o mínimo. A própria biografia de cada mestre desses citados assinala que todos eles não alcançaram a maestria num estalar de dedos. Em segundo, o sucesso financeiro de cada um deles nunca foi o alvo a ser atingido e sim a consequência natural do que eles produziam.

Vamos enumerar aqui alguns pontos que se traduzem em ferramentas e hábitos em comum desses mestres:

- Descubra a sua vocação .A sua vocação é a sua missão de vida

- Cultivar diversos campos do conhecimento e estabelecer conexões entre eles. Isso se dá através de muitas leituras, estudo e pesquisa incansável.

- Cultivar o hábito de possuir cadernos de anotações para registrar as lições aprendidas dos temas estudados para criar uma justaposição de fragmentos.

- Tomar nota imediatamente quando ocorrer uma ideia. Para isso é necessário estar sempre munido de um caderno ou caderneta de anotação.

- Expandir os conhecimentos. Ser um armazém de conhecimentos de nada adianta se esses conhecimentos não forem passados adiante. Ensinar o que se sabe é uma maneira de fortalecer o domínio do tema em questão. Quanto mais se ensina mais o tema é dominado.

- Ter paixão pelo que faz.

- Criar o hábito de lidar com questões complexas e incômodas. Com o tempo essa postura vai criar habilidade para se sentir à vontade diante de qualquer situação caótica.

- Se afastar das qualidades negativas que autor denomina “As 7 características Fatais”, que são: inveja, conformismo, rigidez, egocentrismo, preguiça, inconstância e agressão passiva.

Pois bem, esses e outros pontos citados no livro são pontos em comum de todos esses mestres citados entre outros. Porém, a chave que abrirá portas e caminhos para a maestria reside no seguinte ponto e que vale repeti-lo: - Cultivar diversos campos do conhecimento e estabelecer conexões entre eles. Isso se dá através de muitas leituras, estudo e pesquisa incansável. Isso quer dizer que de nada adianta armazenar conhecimentos em diversas áreas e deixa-los estanques ou estacionados. É imprescindível estabelecer correlação entre eles. Foi estabelecendo conexões entre os conhecimentos adquiridos que essas pessoas se tornaram grandes mestres em suas profissões.

Só para citar o escritor Wolfgang Goethe, autor dos clássicos “Fausto” e “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, estudou por conta própria diversos campos de seu interesse e que o tornou expert em Economia, História, Literatura, Óptica, Geologia, Ciência Política, Botânica, Química, Estética e Meteorologia. Ao lermos Goethe é fácil perceber a presença desses campos do conhecimento em suas obras.

Os Irmãos Wright (Wilbur e Orville), inventores e pioneiros da aviação, desenvolveram a primeira máquina  voadora mais pesada que o ar eram proprietários de uma oficina que consertava bicicletas. Praticamente não tinham nenhum recurso financeiro e nem contavam com subsídio do governo para a invenção do planador. Por conta própria, se debruçaram sobre o estudo de Física, Matemática, os desenhos e esboços de Leonardo Da Vinci sobre planadores e muitos livros sobre pássaros. O resultado foi o Wright Flyer autopropelido que efetuou o primeiro voo controlado em 17 de Dezembro de 1903.

E nada mais oportuno do que encerrar essa resenha citando o mestre Nietzsche:

“Os gênios, por mais que façam primeiro aprenderam a juntar tijolos para depois aprender a construir, e sempre buscam materiais ao redor dos quais sejam capazes de desenvolver-se”.

E você que já descobriu a sua vocação e quer atingir a mestria na sua profissão? Então, marca texto na mão, comece agora pela leitura desse fantástico livro.


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